quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A contribuição do Rock e do movimento Hippie para a relativa paz que vivemos hoje.

O rock é um movimento musical que se iniciou com negros norte americanos que tocavam Blues e Jazz em meados dos anos 40. Ficou realmente popular ao ser tocado por um ícone mais aceito socialmente: Elvis Presley. No início, era apenas uma música animada que deixava as meninas eufóricas e tinha até certo ponto uma rebeldia inofensiva. Um tanto rebelde, um tanto sensual, a mídia caiu em cima e transformou esse movimento musical em algo muito lucrativo. Era a era de ouro do capitalismo e o público jovem nasce como uma das principais fontes de lucro para a industria.

Rock ’in Roll e a agressividade.

A sociedade dos anos 60-70 estava mais alerta para o que estava acontecendo ao seu redor. Existia uma ameaça de aniquilação da humanidade, era a guerra fria e o medo nuclear. As grandes guerras das décadas anteriores serviram para mostrar como a massa pode ser manipulada em benefício de poucos. O rock ganha um estilo mais violento e rebelde, aquela rebeldia amena se transforma em um caldeirão. O movimento Hippie era basicamente um adolescente que deixa as convicções paternais e inicia uma viagem de auto-conhecimento. Era época de experimentar, romper as regras, romper preconceitos. Foi um movimento extremamente libertino com o slogan: “faça amor, não faça guerra”. Claro que no Rock que já possuía um temperamento rebelde, essa fase serviu para maximizar a energia destrutiva e também a energia para mudança que ameaçou a sociedade conservadora. O resultado disso foram músicas com alto nível de crítica, o uso demasiado de entorpecentes e confrontos com a polícia. No Brasil, a banda Aborto Elétrico (embrião da legião urbana) teve sua parte ao criticar diretamente a ditadura. Claro que isso não era uma exclusividade do Rock, e sim de um grupo de pessoas intelectuais, políticas e artísticas que fizeram um bom trabalho para deixar nosso mundo melhor. Todos esses artistas e políticos usavam muitas drogas, mas ficou nas costas do movimento Hippie e Rock o estereótipo de drogado e sua divulgação. Fica uma observação: Nem todos os Hippies ou pessoas que curtem Rock usavam (usam) drogas.

O rock por seu aspecto “auto-destrutivo”, não é saudável. É um estilo de vida insustentável e vagabundo que não pode ser levado a sério. Neste ponto eu concordo com as pessoas conservadoras. É preciso haver Lei e Moral para ter uma sociedade séria, não é por acaso que o Rock é tão mal visto por pessoas de caráter conservador. Mas se o Rock é a voz do protesto nascido dos negros dos anos 40, que com certeza eram oprimidos, ficou forte com uma Guerra inútil (Vietnan) e nasceu no Brasil para fazer frente a ditadura militar: Porque, mesmo em uma escala menor ainda possui fãs?

Por conta seu aspecto “destrutivo”. Para se criar é preciso destruir, lei natural da ordem. Os fãs do Rock nunca vão estar satisfeitos, seja com eles mesmos, seja com a nossa sociedade, seja com o desmatamento, impostos, etc. Rock significa dizer “não”. Não aceito, quero diferente, quero fazer a diferença. Os pais tem medo ao ver os filhos escutando esse tipo de música, porque temem essa energia destrutiva. Mas o pensamento conservador é o mesmo que manda pessoas para a guerra, fazendo ela sentido ou não.

Rock é uma das milhares de maneiras de expressão, em especial de protesto. Ele não possui energia em si, apenas reflete o que a pessoa trás no coração.

Disco Green River, lançado em agosto de 1969

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